sexta-feira, 15 de abril de 2011

auto (destrói)- estima

A auto-estima é algo que pertence unicamente a cada um de nós, não se empresta, não se dá, não se pede…
Só eu me conheço suficientemente bem para saber o meu verdadeiro valor, por muitas dúvidas que me assombrem, não posso esperar que seja um “estranho” a valorizar-me. Ao  referir-me a um estranho , é toda e qualquer pessoa que não eu, só eu estou comigo a toda a hora, só eu me conheço todas as minhas fraquezas, medos, sonhos, fantasias, virtudes, por isso só eu tenho a capacidade de me julgar correctamente.
Se não gostar de mim, se não tiver confiança em mim, não posso cobrar que mais alguém goste ou confie.
Então porque perdi eu a minha auto-estima?
Porque me era tão difícil olhar o espelho e ver a minha figura reflectida?
Não sei ou não quis saber durante demasiado tempo?
Apaixonei-me e amei como jamais pensei ser possível amar, mas nunca fui retribuída, só iludida…
Nunca me senti amada, pelo contrário, fui escondida, trocada, adiada, e aos poucos comecei a duvidar de mim, enquanto mulher, enquanto pessoa, enquanto ser humano.
Sentia-me com a sensualidade e a beleza de uma abóbora.
O que no inicio era pontual, começou a crescer a pontos de tornar-se impossível descobrir alguma qualidade em mim.
Perdi a minha identidade. Fui escondida e indesejada. E foi assim que ela me fugiu, foi assim que a perdi. Vivi uma vida dupla durante demasiado tempo. Fui a pessoa que queria ser somente enquanto estava na minha casa, fora dela era quem queriam que eu fosse.
Mas comecei a recuperá-la, comecei a encontrar-me. Não quero voltar a perder-me, estarei para sempre atenta ao mínimo sinal.

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